O subtenente Luiz Gonzaga do Carmo, conhecido como Cabo Gonzaga foi o idealizador da Romaria de Nossa Senhora Aparecida.
Em 1967, Gonzaga trabalhou para a construção do Monumento Jubilar de Nossa Senhora Aparecida, em Bonfim Paulista, que foi inaugurado em 8 de dezembro daquele ano. Trata-se de uma grande letra M, que significaria Maria e também Mãe, com uma grande imagem da padroeira.
Em 1969, Gonzaga organizou a primeira Romaria de Nossa Senhora Aparecida, com 43 participantes, até o Monumento Jubilar de Nossa Senhora Aparecida, no distrito de Bonfim Paulista.
Gonzaga, que morou na rua Padre Feijó por muitos anos, passou a ser o principal organizador da Romaria de Nossa Senhora, que segue que antiga estrada - hoje chamada de Via do Rosário, a partir da Igreja Maria Goreti, no bairro Vila Virgínia em Ribeirão Preto, até o Monumento Jubilar, no Distrito de Bonfim Paulista.
Depois de 14 anos, o destino da Romaria foi mudado para a Igreja Matriz Senhor Bom Jesus do Bonfim e Gonzaga, discordando da organização retirou-se do evento.
“Entendo que a Romaria deveria terminar no Monumento Jubilar e não na Igreja Matriz”, disse Gonzaga na época.
Em 21 de julho de 2016 foi aprovado o Projeto de Lei n° 1223/2016, instituindo a tradicional “Romaria de Nossa Senhora Aparecida” como patrimônio cultural, histórico, imaterial do município de Ribeirão Preto.
O subtenente Luiz Gonzaga do Carmo morreu no dia 12 de julho de 2017, aos 83 anos.
Dona Dita da Romaria era da Vila Tibério
Dona Dita, Benedita de Souza Ferreira, organizou a Romaria de Nossa Senhora Aparecida até Bonfim Paulista por mais de 15 anos. Ela sempre dizia nas caminhadas que queria morrer no dia de Nossa Senhora Aparecida. Em 2014, na volta da Caminhada, ela teve uma parada cardíaca.
Carmen Luíza Rezende, a Carminha da Secretaria da Cultura, conta que dona Dita, enquanto esteve internada, disse para ela que logo depois de sofrer o infarto, ouviu o médico dizer que não adiantava fazer mais nada. “Ela já se foi”, falou o médico para sua equipe. Dona Dita disse que pensou em Nossa Senhora e que pediu ajuda. Tentou abrir os olhos e o médico percebeu. Colocou o aparelho e ela ressuscitou. Permaneceu internada no hospital por quase dois meses.
Faleceu no dia 5 de dezembro. Mas, segundo Carminha, ela foi chamada no dia que pediu: o Dia da Padroeira do Brasil.
Deixou marido, três filhos e vários netos. Dois outros filhos faleceram.
Ela era moradora da Rua Augusto Severo, na Vila Tibério.