Manoel de Oliveira Costa, o Manelão, vice-campeão Paulista em 1977 pelo Botafogo, morreu, aos 75 anos, no dia 13 de outubro.
O raçudo Manoel Barbudo, excelente zagueiro de área do Botafogo de Ribeirão Preto, do América de Rio Preto e do Operário de Campo Grande durante os anos 70 e 80, lutava há anos contra o mal de Alzheimer.
Manoel viveu dos gramados até os 35 anos e depois buscou nos estudos uma fonte de renda. Sempre dizia que sua relação com a bola era por amor e brincava que “dinheiro a gente não ganhava mesmo”. O jornalista Marcio Javaroni diz que nunca teve dúvidas sobre qual jogador melhor representa o Botafogo FC: “Manoel de Oliveira Costa, com certeza”.
Ele chegou aqui no começo dos anos 70. Conquistou a torcida e se tornou o atleta a vestir MAIS VEZES a camisa do Botafogo: 344 jogos oficiais, com 130 vitórias, 103 empates e 111 derrotas. “Duvido que qualquer jogador venha um dia a chegar perto desse número, que com os amistosos passa de 400 jogos. Mais ainda, duvido que qualquer um vá ter maior identificação com o Botafogo do que Manelão, que foi atleta, preparador físico, treinador da base, vendedor de cadeira ativa e, acima de tudo, TORCEDOR DO BOTAFOGO!”, afirma Javaroni.
Walter Machado da Silva, o Silva, artilheiro de um dos melhores Botafogo da história, morreu no dia 29 de setembro. Ele tinha 80 anos e estava internado do Hospital Pró-Cardíaco em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. O atacante brilhou no Corinthians e Flamengo onde ficou conhecido como “Batuta”.
Paulista de Ribeirão Preto, nascido em 2 de janeiro de 1940, o avante começou no São Paulo na década de 1950. Depois de oito jogos pelo Tricolor da capital, voltou à região, onde jogou pelo Batatais.
No Botafogo de Ribeirão Preto, participou do que muitos consideram o melhor ataque da história do Pantera, formado no final dos anos 1950 e início dos anos 1960, fazendo parceria com Antoninho, Henrique Salles e Géo.
Foi para o Corinthians em 1961. Foi no Timão que ele se tornou um dos maiores nomes do futebol paulista, marcando 95 gols. Logo depois, foi contratado pelo Flamengo, onde também foi ídolo. Como jogador rubro-negro, foi convocado para a Copa de 1966, formando o ataque com Pelé e Jairzinho na derrota por 3 a 1 para Portugal. Ao todo, fez 6 jogos e anotou 2 gols pela Seleção.
Era funcionário do clube carioca, que decretou luto oficial. O Corinthians também lamentou a morte pelas redes sociais. O Botafogo de Ribeirão decretou luto de três dias.
O médico Geraldo Costa e Silva (Pratinha), fã de Benedito Julião, viu a pressão da torcida: “como esquecer o movimento intenso pela cidade, a concentração dos torcedores frente à sede do clube, protestando quando o Botafogo negociava seu passe com o Santos? Iria jogar ao lado de Pelé, de par de glórias maiores. O povão gritando o ídolo, pedindo que ficasse. Negócio desfeito e ele ficou. Por mais alguns anos ensopando de suor a camisa tricolor”.
As irmãs Maria José e Maria Luiza confirmam a data: “1957”. A filha Fabiana cita: “era muita festa em volta dele”. Chegou ao Botafogo em 1953 após iniciar no XV de Piracicaba e passar pelo Uberlândia e Apucarana. Foi Campeão da 2ª Divisão em 1956. Parou em 1963. Fabiana cita que sentia fortes dores na coxa. Foi operado e não resolveu.
Casou-se com Maria Helena, auxiliar de enfermagem, em 1965, aos 33 anos. Aí foi técnico do Apucarana.
Em 1966 foi internado pela 1ª vez a pedido da esposa e das irmãs, ao dr. Ciconelli. As irmãs eram auxiliar de enfermagem no Hospital das Clínicas. Internou-se depois para retirada de um rim, que não funcionava. Mas não tomou remédio, nem fez atividade física, como recomendação médica. Manteve-se a pressão alta, não podia trabalhar e a casa foi mantida pela esposa. Esmerou-se nos cuidados aos filhos, alimentando-os e dando-lhes banho. Em 1971 a esposa conseguiu emprego para ele na portaria de hospital onde trabalhava, em Campinas. Foi internado sete dias com crise de hipertensão; porque o único rim estava sobrecarregado.
Em 1972 mudou-se para Ribeirão Preto e foi internado por 15 dias no Sanatório São Vicente de Paula. Em casa sentiu-se mal, a esposa aplicou-lhe soro e dormiu. No dia seguinte ela pediu ajuda a Jorge Monseff, que o levou, com a esposa e o filho Fernando, ao Sanatório São Vicente de Paula, que lhes recomendou o Pronto Socorro. Lá faleceu por insuficiência cardíaca. Era 15 de junho de 1972. Tinha 40 anos. O filho Fernando, 6, e a filha Fabiana, 11.
Fernando é professor de Geografia na Rede Estadual de Ensino e Fabiana é professora de Ciências e Biologia no Centro Educacional Marista. Ela tem o filho Pedro Miguel Julião. Maria Helena casou-se com Rachid, que fala orgulhoso: “eu criei as crianças”. Fabiana: “é um avô carinhoso, adorado pelo Pedro”.
Dr. Pratinha guarda fortes lembranças de Benedito Julião, como esta: “num jogo com o Juventus, quarta-feira à noite, o Botafogo fez gol bem no início. Pouco depois Benedito Julião surgiu nas sociais do Estádio Luiz Pereira. De repente a massa irrompeu nos aplausos, gritando seu nome. Benedito Julião, Benedito Julião. Ela olhando para cima, cambaleando e chorando. O resto da cena não posso narrar fidedignamente porque meus olhos ficaram úmidos e embaçados. E no peito um aperto esquisito que a simples lembrança faz repetir agora. Uma vibração desta máquina biológica que sente e não pode medir a distância que vai da glória à miséria humana”.
Luiz Eduardo (Dudu)
O ex-narrador esportivo Osmar Santos esteve presente, na noite de 15/4, em um encontro no Bar Cervejão, na esquina da Av. do Café com a Rua Monte Alverne.
Destacamos a presença do jornalista e escritor de prestígio nacional Saulo Gomes.
Estava presente também Rodrigo Rosso, editor da Reação - Revista Nacional de Reabilitação, que irá fazer o lançamento de um evento em Ribeirão Preto.
Juninho, o ex-jogador do Corinthians Júlio César, dona Edna e Tuta acompanhavam o “Pai da Matéria”.
Principal goleiro no futebol português na última temporada, Leonardo Jardim acertou a transferência para o Lille Olympique Sporting Club Métropole, da França, equipe que disputará a Champions League. O contrato com o clube francês será de cinco anos. As negociações para a transferência foram conduzidas pelo ex-jogador Deco. De acordo com o jornal L'Equipe, da França, o valor da venda se aproxima dos 6 milhões de euros.
A boa temporada pelo Rio Ave rendeu a Léo Jardim o prêmio de melhor jogador do time, eleito pelo próprio clube. Ele também foi eleito o melhor goleiro do Campeonato Português. Léo fez 38 partidas durante a temporada portuguesa. No Grêmio, fez sua estreia em 2016 e fez parte da conquista da Copa do Brasil daquele ano. Em 2017, estava na lista de inscritos da Libertadores.
Léo Jardim começou na escolinha do Botafogo. Corria o ano de 2004 e ele tinha apenas nove anos. Ele nasceu na Vila Tibério e gostava de disputar as copinhas do Regatas. Chegou até a jogar na linha, mas na escolinha foi direto para o gol. Ficou no Botafogo até 2007, quando foi para o Olé Brasil, onde ficou até 2012. Lá, disputou campeonatos sub13, 15 e 17. Mas foi na Taça São Paulo de Juniores de 2012 que um olheiro do Grêmio o levou para o time gaúcho. Chegou em abril no Rio Grande do Sul, com 17 anos.
Henrique Salles, que jogou como meia, na goleada que o Botafogo aplicou no Grêmio de Porto Alegre, que havia sido vice-campeão Panamericano em 1960, organizou um encontro com amigos e ex-jogadores e deu o cartaz que guardara para o goleador do jogo, Antoninho.
Henrique é a memória viva do Botafogo da Vila Tibério.
Botafogo 4 x 1 Grêmio
Dia 5 de junho de 1960 no Estádio Luís Pereira
Renda: Cr$ 343.800,00. Árbitro: Aparício Viana e Silva.
Gols: Antoninho aos 14' e 44' do 1º tempo e aos 6' e 11' do 2º. Marino, do Grêmio, marcou aos 11 minutos do 1º tempo.
Botafogo: Machado, Dicão (Berto), Benedito Julião, Antônio Julião, Tiri, Narciso (Moreno), Henrique, Zuíno, Laerte, Antoninho (Da Silva) e Geo. Treinador: Jose Agnelli.
Grêmio: Henrique, Orlando (Sérgio), Aírton (Altino), Ênio Rodrigues, Ortunho, Élton, Milton Kuelle, Marino, Gessy, Juarez e Vieira. Treinador: Oswaldo Rolla.
Membros da Mesa da Velha Guarda Botafoguense e seus familiares se reuniram na sede da FFT, no dia 8 de dezembro, para um almoço de confraternização.
Estavam presentes ex-jogadores, como Antoninho e Henrique Salles, o ex-presidente Virgílio Pires Martins, o vereador André Trindade, conselheiros e torcedores do Botafogo.
A ideia da Mesa da Velha Guarda nasceu no salão de barbearia do Antenor Caçador, na Rua General Osório, próximo do Hotel Brasil, no início dos anos 70.
Quando o salão fechou, aqueles torcedores combinaram de se reunir, no Poliesportivo do Botafogo, na Vila Tibério. No dia 12 de outubro de 1978, a Mesa foi fundada oficialmente, por Ismar Bonagamba (considerado seu criador), Sebastião Pereira, Estanislau Lima (todos já falecidos) e mais Bernardo Barbosa.
A antiga sede social do Botafogo pertenceu à Sociedade Alemã, formada por diretores e funcionários de origem germânica da Antarctica de Ribeirão Preto. Durante a Segunda Grande Guerra o prédio foi ocupado pelo governo federal e o clube proibido de exercer suas atividades. Terminado o conflito, a Sociedade Alemão não conseguiu reaver a propriedade e o Botafogo Futebol Clube ficou como fiel depositário, somente podendo usar o imóvel para fins recreativos e culturais.
Durante muitos anos funcionou como sede social do Botafogo, que foi transferida para o Estádio Santa Cruz no início de 1982. Desde 2006, é a sede da Fiel Força Tricolor e aos domingos, a Mesa da Velha Guarda Botafoguense se reúne para conversar sobre o clube e lembrar da história do time.
Na sede trabalhavam a Idelma, o Ismar Bonagamba e o seu Zé do Café, que morava no fundo e controlava a quadra. Era pai do Arildo, motorista da Turma do Chega Junto. Todos os dias às 13 horas em ponto tinha reunião com a participação dos chamados Homens de Ouro: Atílio Benedini, Dito Sciência, Hamilton Mortari, Lourival Proni, Mauro Saquy, João Olaia, Quico Calil, dr. Hemil Riscalla, José Luiz Cristofani, Tiri, e muitas vezes Antoninho e Sebinho.
“Era a época da Turma do Chega Junto. Nós compramos uma Caravan porque naquela época as rendas eram divididas. O pessoal da Turma fiscalizava as despesas e as bilheterias. O Firmino era o chefe e o Ismar Bonagamba, o tesoureiro. Não tinha nenhum diretor pago. No campo tínhamos apenas três funcionários, inclusive a lavadeira. No futebol tinha somente o Sebinho, o Tiri e o dr. Gaetani que não cobrava pelo atendimento”, disse Dito Sciência ao JV.
Em 1960, o Pantera terminou em primeiro lugar no primeiro turno do Campeonato Paulista. Na época, o torneio era disputado por pontos corridos, a contagem era por pontos perdidos e a vitória valia apenas dois pontos.
Ary Lopes, de 93 anos, recupera-se de três operações na cabeça ao longo dos últimos quatro anos. Depois de uma queda, ficou com coágulo. Agora já voltou a andar sem ajuda. No quarto de sua casa folheia os álbuns de fotografias e viaja no tempo em que era reconhecido nas ruas de Piracicaba, depois do XV se sagrar bicampeão e subir para a Primeira Divisão, em 1947.
No dia 7 de novembro, o professor Leonardo Ciconato, coordenador dos Jogos Escolares do Estado de São Paulo (JEESP) na Diretoria de Ribeirão Preto, e os professores e dirigentes da EE Prof. Rafael Leme Franco entregaram troféus e medalhas aos alunos vencedores dos Jogos Escolares 2018 das seguinte modalidades:
Xadrez (Mirim Masculino), medalha de ouro e 2° colocação no Estado de São Paulo (Bruno, Hugo, Ivo Henrique, João Francisco, Lucas Gabriel, Nicolas, Samuel Elias.
O Botafogo nasceu da união de três times da Vila Tibério. Segundo entrevista publicada no Diário da Manhã em outubro de 1953, Francisco Oranges, um dos fundadores e ex-presidente do clube, afirma que o Tiberense era o time mais forte da Vila, mas, mesmo assim, não fazia frente aos times de outros bairros, como o Commercial, o Palestra Itália, o Operário etc. A rivalidade era grande também entre três times da Vila: Ideal, Paulistano e Tiberense. Todos sentiam que isso prejudicava o bairro.
Resgatando a memória da Vila Tibério e valorizando sua gente!
10 mil exemplares distribuídos gratuitamente.