Numa andança por Minas, passando por Paraíso, descobri barras de marmelada num canto de um posto de combustíveis. Eram apenas duas barras que foram compradas por mim e por uma colega de passeio.
Tive a felicidade de não conhecer a vara de marmelo que os mais antigos garantiam que não quebrava e que doía muito no lombo.
O doce feito com as frutas do marmelo tem um adocicado suave, bem diferente da goiabada. Tem o gosto da infância perdida.
Marmelada também lembra jogo acertado, combinado antecipadamente. Isso porque muitos colocavam chuchu para render mais e enganar o comprador.
Comi a barra inteirinha, dia após dia, pedaço a pedaço, lembrando que o doce sumiu da cidade grande e só é encontrado nos rincões deste imenso país.
O gosto moderno não combina com a marmelada, apesar de vivermos numa grande marmelada.
E o palhaço quem é?