O JV encerra a série de grandes contratações de goleiros que vestiram as camisas da dupla Come-Fogo. O destaque é o folclórico goleiro Ortiz, argentino de Santa Fé, que ganhou destaque no futebol uruguaio e depois no Atlético Mineiro.
Extravagante no seu jeito de vestir e pelos cabelos longos presos por uma fita na testa. Com suas grandes atuações e cobrando algumas penalidades, com a camisa do Atlético, virou ídolo do Galo e projeção no futebol brasileiro.
Ortiz no Leão e Camisa Vermelha
No clássico contra o Cruzeiro foi acusado de “gaveteiro” e aí terminava a sua passagem pelo Atlético. Beneficiado com o passe livre, o diretor Galba Stênio Teixeira acertava sua contratação de graça para o Leão.
Em Ribeirão Preto virou ídolo pelo seu futebol e extravagância com sua figura vestindo o uniforme do alvinegro.
De gênio forte, Ortiz quis adotar a camisa vermelha, ideia logo descartada pelos dirigentes que lhe explicaram os motivos para não a usar.
“No Comercial, Ortiz não perdia uma penalidade nos treinamentos e treinava muito saída de bola com as mãos onde colocava no meio de campo, pneus de bicicleta e a bola. Caiam justamente no centro”, recorda o ex-presidente Breno Augusto Spinelli Martins.
“Ortiz desmotiva e pode deixar o Bafo”.
Essa foi a manchete do jornal “O Diário” no dia 2 de dezembro de 1978.
O jornal destacava que o goleiro estava desmotivado e podia rescindir o seu contrato com o clube.
O argentino Miguel Ângelo Ortiz, faleceu no dia 22 de julho de 1995, aos 48 anos, vitimado por uma cirrose e deixou o seu nome gravado no futebol da cidade.
Na foto de 1978, o torcedor do Bafo, Rogério Palareti, e Ortiz. Após defender o Galo, o goleiro argentino vestiu a camisa do Comercial de Ribeirão