Nesse mergulho no tempo que fazemos mensalmente vamos de encontro há uma época que o futebol brasileiro vivia da genialidade de seus ponteiros direitos e esquerdos.
Não é preciso numerá-los pela quantidade e qualidade e nem é preciso viajar muito, por aqui mesmo uma lista de bons ponteiros, se me permite posso citar alguns como Zuino, Zé Mário, Paulo Cesar Camassuti e Piter.
Hoje falamos de Wilson Martins Coelho, no mundo da bola Piter. Ribeirãopretano de nascimento e se orgulha de ser um dos poucos filhos dessa terra que conquistou títulos memoráveis como o bicampeonato goiano pelo Goiás e campeão paulista pelo Corinthians em 1979 com grande atuação; autor das duas assistências que resultaram nos gols de Sócrates (o primeiro dele com a camisa do Corinthians) e Palhinha na final contra a Ponte Preta.
Sonho de ser Jogador de Futebol
O papo rola descontraído numa verdadeira resenha no Bar do Vadola, na Vila Tibério. Piter recorda o início de sua carreira nas categorias de base do Botafogo.
“Com 16 anos o técnico Paulo Leão me promoveu ao time profissional. Só tinha feras: Maritaca, Geraldão, Alexandre Bueno, Walter Tambaú, Sócrates e outras feras”, lembra o ponteiro.
Três anos depois Piter era negociado com o Goiás se consagrando com o bicampeonato goiano. Em 1978 chegava ao Corinthians e conquistava o título de 1979. Com a camisa alvinegra foram 83 jogos e 19 gols marcados.
“Piter alcançou um duplo sonho - de se tornar um jogador profissional e ainda jogar no Corinthians, para alegria do seu pai, um torcedor fanático do Timão”.
Porque Piter?
Papo de boleiro rende e a pergunta que não poderia faltar, porque Piter?
“Quem começou me chamar de Piter foi o meu amigo Waldemar Ferreira, em homenagem ao grande zagueiro Piter, ‘o Rocha Negra’, melhor marcador de Pelé. Carrego com orgulho esse apelido porque é uma figura humana fantástica e um dos melhores zagueiros do futebol brasileiro”.
Lesão no tendão fez deixar os gramados
Foi uma carreira vitoriosa que começou nas categorias de base Botafogo, Goiás (1975/76), Corinthians (1978/80), Náutico, em 81, no Internacional (RS), em 81 e 82, e no Santa Cruz, no Blumenau (SC) e no Marcílio Dias (SC), onde encerrou a carreira em 86. Com uma cirurgia no tendão, devido a uma séria lesão, o atacante dava adeus ao futebol.