Na história dos grandes laterais do futebol mundial não podemos deixar de citar Eurico Pedro de Faria, no futebol. Mineiro de nascimento, ainda menino a família se transferiu para Ribeirão Preto.
E aí começava a sua trajetória no futebol nas categorias de base do Botafogo até ser promovido ao time titular em 1967 sob o comando de Armando Renganeschi, Eurico jogava ao lado de Roberto Rebouças, Carlucci, Roberto Pinto, Sicupira, Paulo Leão, um dos grandes times da história tricolor.
Do Botafogo para o Palmeiras
O futebol clássico, longe de laterais “butinudos” da época, o Palmeiras se interessou pelo lateral botafoguense que foi cedido por empréstimo, mas logo nos primeiros três meses o alviverde adquiriu o passe em definitivo.
O lateral era Djalma Santos que acabou negociado naquele ano de 1968 e Eurico ganhou a posição, onde jogou 467 partidas e marcou quatro gols.
No Palmeiras fez parte do famoso time denominado academia e da defesa até hoje lembrada pelos amantes do futebol: Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca.
Eurico conquistou dois campeonatos paulistas, três brasileiros e conquistas internacionais como o Ramón de Carranza e Mar del Plata.
Depois da sua carreira vitoriosa no Palmeiras o lateral foi negociado com o Grêmio conquistando o campeonato gaúcho de 1977 sob o comando de Telê Santana.
Eurico na Seleção Brasileira
Na bonita carreira não poderia faltar a convocação para a Seleção Brasileira e com a camisa amarelinha conquistou a Copa Roca (1971) e Taça Independência (1972).
Eurico também fez parte da lista dos 40 atletas inscritos para a Copa do Mundo do México onde o Brasil conquistou o Tri, a Seleção que tinha como titulares Carlos Alberto e Zé Maria.
Era fácil marcar os pontas?
No quase final do nosso papo diário de bola perguntei quais os ponteiros que deram mais trabalho para marcar. Eurico logo abriu a lista com Paulo Cesar Caju, Edu, Paraná, João Paulo. Época de grandes ponteiros no futebol brasileiro, destacou.
Eurico recorda de um jogo no Estádio Luíz Pereira entre Botafogo e São Paulo, “Paraná, ponta do São Paulo, deu uma entrada violenta, o árbitro José Astolfe veio até mim e disse “pode dar nele que eu não te expulso, eu já conheço o jeito dele”.
Eurico aposentou no futebol em 1982 com uma carreira fantástica e uma história vitoriosa que será sempre lembrada por aqueles que gostam de futebol.
Ele é casado com Cristina, tem 4 filhos e 6 netos.