Zé Mário, o José Mário Donizetti Baroni, foi ponta-direita do Botafogo de Ribeirão Preto, morreu muito jovem, aos 21 anos, vítima de leucemia. Ele atuou ao lado de Sócrates, Geraldão, Motoca, Lorico e companhia no Botafogo FC. Era um dos mais promissores pontas quando morreu.
Em 1977, num dos melhores anos de Zé Mário, depois da conquista pelo Botafogo, do título da 2ª Divisão do Brasileiro, voltou a ser responsável por um inesperado dia de festa em Ribeirão Preto.
O Tricolor foi o campeão do primeiro turno do Campeonato Paulista e ficou com a Taça Cidade de São Paulo.
FESTAS NA CIDADE
Durante vários dias, os festejos na cidade pareciam não ter fim. Enquanto isso, Zé Mário sofria calado mergulhado em dores estranhas, nada que o impedisse de jogar, apesar da evidente queda de rendimento.
DA ALEGRIA À TRSITEZA
Zé Mário foi o primeiro jogador na história do futebol brasileiro, a ser convocado para a Seleção Brasileira atuando por um clube do interior. Justamente num momento de euforia, não só para o jogador, mas para toda a coletividade botafoguense, o médico da Seleção Brasileira Lídio Toledo, em exames de rotina, descobriu a grave doença do jogador.
JOGOS PELA SELEÇÃO
Zé Mário, em 1977, defendeu o Brasil em duas oportunidades. Contra a Inglaterra e a Seleção Paulista, ambos no Maracanã.
ESTRELISMO OU INDISCIPLINA?
Algo continuava mal explicado! Talvez o aparecimento de algumas anomalias, algo não confirmado nos exames de rotina da Seleção Brasileira em junho de 1977.
O “Tabelão” da revista Placar confirma que Zé Mário participou de algumas partidas em agosto e setembro de 1977; inclusive marcando um dos gols na vitória sobre o Santos em 7 de setembro.
Mesmo assim, o ponteiro direito continuou trabalhando e foi escalado em alguns compromissos do campeonato paulista.
AFASTAMENTO E DORES
Com o término do Campeonato Paulista, Zé Mário foi pretendido pelo Cruzeiro e pelo Palmeiras, mesmo depois da notícia de seu afastamento, em outubro de 1977.
Antes da primeira partida do Campeonato Brasileiro contra o Remo, Zé Mário alegou falta de condições para jogar. Sentia cansaço e tinha tonturas!
Obrigado pelos cartolas, o ponteiro direito ficou no banco de reservas e assinou os registros da súmula; uma manobra que o impedia de ser negociado com outro clube.
LEUCEMIA
Alguns meses depois, com o diagnóstico de Leucemia, Zé Mário foi internado no Hospital da Beneficência Portuguesa. No dia 11 de fevereiro de 1978, o falecimento do jogador foi anunciado e estremeceu os que ainda mantinham esperanças na recuperação.
Apesar da forte chuva que castigou Ribeirão Preto, cerca de 10 mil pessoas compareceram ao sepultamento.