Onécio nasceu na Bahia, trabalhou por 10 anos em Brasília e depois veio para Ribeirão. Com problema no nervo, já tinha perdido grande parte da visão quando chegou.
“A visão foi diminuindo até eu ficar cego total”, diz ele.
Começou vendendo somente bilhetes da Loteria Federal, depois, com o tempo, passou a vender também jogos da Mega Sena, Quina e Loto Fácil.
“Naquela época só tinha o bilhete, depois apareceram as loterias. Nos últimos tempos. a venda ficou muito fraca”, conta Onécio.
Mas, dores na coluna e fraqueza nas pernas impediram Onécio de continuar trabalhando e desde 2015 passou a ficar em casa.
“Caí muito, fiquei muito magro. A doença acabou comigo”, diz ele.
Onécio reclama por não poder trabalhar mais e diz ter muita saudade da Praça XV e dos amigos que tem por lá. Entre eles, o garçom Gauchinho, e o gerente do Pinguim Ivo.
Além do famoso “Vaca, Galo, Porco”, Onécio tinha outras “falas” que marcaram época como: “Olha a borboleta! Olha o veado!”
“Sonhei recentemente que estava vendendo bilhetes da cobra, da vaca e da borboleta, que são os preferidos das mulheres. Infelizmente foi um sonho”, lamentou.
Onécio mora na Rua Constituição com a mulher Sebastiana. Tem quatro filhos e seis netos. Uma das filhas é professora da USP.
Ele mostra-se feliz e realizado.
Onécio vendeu bilhetes de loteria por mais de 50 anos na Praça XV
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