As marmitas da Dona Maria
Maria das Dores Gouveia, de 74 anos, iniciou seu trabalho, fazendo marmitas para famílias carentes e pessoas em situação de rua há mais de 30 anos. Hoje tem quatro grupos de cinco pessoas (em média) que se revezam aos domingos montando cerca de 250 marmitex que são distribuídos na rua Augusto Severo para pessoas da praça Francisco Schmidt e também em favelas de Ribeirão. As marmitas vão acompanhadas por um suco e um doce como sobremesa.
Quem quiser pode ser um doador de alimentos ou de trabalho. Rua Conselheiro Saraiva, 585, na Vila Tibério. Fone 3625-8732.
Botafogo: a paixão de dona Antônia
Antônia Luís, de 76 anos, acompanha o Botafogo desde os 11 anos. Frequentava o estádio Luiz Pereira com o pai e os irmãos. O pai era chefe trem da Mogiana e a mãe acompanhava o jogo pelo rádio. O irmão mais velho, Itamar, foi lateral esquerdo do Pantera nos anos 40 e início dos 50.
“Eram poucas mulheres que iam ao campo. A dona Elza, que dava marmita, mãe do Paulinho da farmácia, ia com a minha irmã Lina, que hoje mora em Salvador. A Fátima, filha do Itamar, a Lila, esposa do massagista Miguel Saraiva, e também a dona Vânia, que ia com a irmã Eny Toniolli.
Não perde um jogo do Botafogo, tanto no estádio Santa Cruz ou em qualquer cidade do estado de São Paulo. Participa da torcida feminina da Fiel Força Tricolor.
Mas, afirma que está muito triste, não com os jogadores, mas com a diretoria do Botafogo.
Foto: Flávio Santos Pereira
Os retalhos de Madalena
Madalena Toffano Garcia tem 82 anos, mas afirma que sua cabeça é de 50. Começou em 1979 um projeto de fazer roupas para recém-nascidos. Depois precisou mudar para Salvador, e depois, Manaus. Quando voltou passou, junto com sua equipe de colaboradoras, a confeccionar camisolas, vestidos, pijamas e colchas para asilos da cidade e da região.
Elas se reúnem durante a semana para cortar e costurar, usando retalhos doados. Madalena agradece a suas amigas pela colaboração e a todos que doam materiais. ela agradece principalmente ao sr. Nelson, da Moceli Malhas (Rua Fernão Salles, 857) pela grande doação de retalhos.