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Padaria da Mamãe marcou época na Bartolomeu com a Barão de Cotegipe

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O Jornal da Vila entrevistou Fernando César Michelin e Madalena Gallucio, que contaram a história da Panificadora conhecida popularmente como Padaria da Mamãe:O Jornal da Vila entrevistou Fernando César Michelin e Madalena Gallucio, que contaram a história da Panificadora conhecida popularmente como Padaria da Mamãe:

No início dos anos 50, Roberto Michellin trabalhava como padeiro e confeiteiro na Padaria Modelo, da família Protti, que ficava na Rua Padre Feijó. As irmãs Galúccio também trabalhavam na padaria. Fernanda era balconista e Madalena embrulhava balas de coco, de nata e de outros sabores. 

Por volta de 1955, Roberto com os irmãos Anelo e Dosolina compraram da família Rivoiro, a padaria Santos Dumont, na esquina com a Epitácio Pessoa.

No começo dos anos 60, Roberto comprou o terreno na esquina da rua Bartolomeu de Gusmão com a Barão de Cotegipe. Começou a construir e em 1962 inaugurou a Padaria da Mamãe, homenageando as mães da Vila Tibério. Ele vendeu a padaria da Santos Dumont para o Toninho, do Supermercado Santo Antônio.

“A Padaria da Mamãe foi um sucesso. Às 5 horas da manhã já tinha gente, não esperávamos todo esse movimento”, diz Madalena.

Em 76 faleceu Roberto e as irmãs Fernanda e Madalena continuaram tocando a padaria. Em 82, o filho Fernando César Michelin, se formou em agronomia. Logo assumiu a padaria contando sempre com a ajuda da mãe e da tia.

Os pães foram assados no forno a lenha até 1985, quando a padaria adquiriu um forno elétrico.“Foram mais de 100 funcionários nesses 46 anos. Na minha época, tinha mais de 12 funcionários além da família. Tudo marcado nas cadernetas. O cliente que acertava dentro do mês ganhava uma rosca”, conta Fernando.

Era uma padaria com técnicas artesanais cuja qualidade se materializava na panificação e na confeitaria, com atendimento de primeira.

Entre as especialidades, eram feitos pães de torresmo, baguetinhos, pães de linguiça, bisnaguinhas, pães para hambúrguer e cachorro quente, sonhos, bolos, rocamboles, panetones, biscoitos, croissants e outras delícias.

“Era um tempo que as padarias tinham receitas próprias”, diz Fernando.

“Temos que agradecer a população da Vila Tibério, gente muito boa, que sempre prestigiou a Padaria da Mamãe”, diz Madalena.

Fernando fechou a padaria em 2005 quando os surgiram os supermercados vendendo pão com preços abaixo do custo.

Fernanda Galuccio Michelin faleceu em 2 de setembro de 2019.

“Lembrando que a saudosa Fernanda, depois que seu marido Roberto Michelin faleceu, continuou a luta com muita coragem e responsabilidade para preservar a Panificadora da Mamãe, que foi um importante ponto de referência na Vila Tibério”.Madalena Gallucio

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