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Terça, 20 Agosto 2019 20:14

Há 40 anos vivendo de impresso

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Este é um ano especial para mim. Há 40 anos comecei a trabalhar em jornal. O mais importante desta história foram as revoluções que presenciei na área gráfica. São três formas para se editar um periódico, ou seja, foram duas revoluções que mudaram a maneira de se fazer jornais.

Em 5 de março de 1975, quando subi as escadas que levavam à redação do jornal O Diário, começava o meu fado. Fui contratado como fotógrafo pela equipe conduzida por Sérgio de Souza e José Hamilton Ribeiro, com inúmeros colegas talentosos. Em setembro do mesmo ano já estava no Diário da Manhã onde, em 1976, aprendi diagramação com o mestre Luiz de Lucca.

O nome diagramação vem do ato de desenhar as páginas em um diagrama, que podia ser em escala ou tamanho natural. Os textos datilografados em máquinas de escrever eram calculados e se determinava as medidas de colunas, a fonte, o corpo e a entrelinha.

A composição era feita em linotipos, máquinas que soltavam linhas de chumbo de acordo com a marcação (chamada retranca) para formar os textos. Para os títulos de caixas, eram determinados o corpo e a fonte. As fotos eram encaminhadas para a clicheria, que, de acordo com as especificações do diagramador, poderia ampliar ou diminuir o tamanho final dos clichês. Então o paginador seguia as instruções no diagrama e montava as páginas com as linhas da linotipo, os títulos e os clichês em ramas, retângulos de ferro. Depois as ramas eram colocadas na impressora rotoplana, que funcionava com bobinas de papel e imprimia cadernos que já saíam dobrados.

Primeira revolução
A chegada das impressoras off-set mudou a forma de se paginar. A composição passou a ser feita em “composers” IBM e posteriormente da Forma. Os títulos podiam ser feitos em fotocomposição ou em “Letraset” e a paginação virou o “past-up”, que era o ato de colar os textos que vinham em tiras de papel, assim como os títulos. No lugar onde iriam as fotos, era deixada uma “janela” que era preenchida com o fotolito reticulado, para dar o meio tom das fotos. As páginas eram “fotolitadas” em alto contraste. Depois o fotolito era encaminhado para gravação de uma chapa que seria enrolada em um dos cilindros da impressora.

Segunda revolução
Com a computação gráfica veio a terceira forma de se paginar jornais. As páginas são montadas no computador e enviadas pela internet para a gráfica, que já grava a chapa, sem utilizar fotolitos, para serem impressas.
Hoje, acho o nome diagramação fora de contexto. Paginador seria mais adequado, no meu ponto de vista.

Vida profissional
Depois trabalhei no Diário de Notícias, Jornal da Ribeirão, voltei para o Diário, Verdade e A Cidade.
Participei de jornais alternativos como o Comtudo, diagramei a revista Revide nos dois primeiros anos. Inúmeros jornais de sindicato, associações e cooperativas passaram por minhas mãos. Hoje faço jornais, revistas e livros para sobreviver, além do Jornal da Vila, que vai completar dez anos.
O Jornal da Vila começou em outubro de 2005 com oito páginas impressas em uma cor e tiragem de três mil exemplares. Agora o jornal circula com 24 páginas impressas em 4 cores, com tiragem de dez mil exemplares. É um jornal em formato germânico, impresso em papel jornal, que circula mensalmente, com distribuição gratuita, casa a casa e nos principais pontos comerciais da Vila Tibério e nos bairros adjacentes com forte afinidade.
Trata-se de um jornal de bairro que busca resgatar a história da Vila Tibério por meio de pesquisas e memória de seus moradores.

Ler 243 vezes Última modificação em Terça, 20 Agosto 2019 20:14

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