João da Silva Neto, o Sebinho, amigo inseparável e fiel escudeiro de Milton Bueno, o Tirí, supervisor do Botafogo, aprendeu muito com o seu velho amigo. Tiri deixou o clube antes de “Sebinho”, que passou a utilizar este aprendizado para resolver situações difíceis criadas internamente no clube. Massagista de primeira categoria, João da Silva Neto passou a adquirir poderes diante da omissão dos dirigentes em assuntos importantes relacionados com o elenco, a ponto de ganhar o apelido de “Presidente”.
A volta...
Esta situação criou “ligações perigosas”, o que no começo era um socorro que Silva Neto prestava ao clube para a casa não cair rendeu-lhe embaraços e em 2005 uma nova diretoria resolveu demitir o massagista com 38 anos de serviços prestados. O ciclo que se fechava naquele momento não era o fim da “Era Sebinho”. João da Silva Neto voltou ao Botafogo, solicitado que foi várias vezes, para colocar em prática sua experiência de bastidores, sempre para salvar o clube de situações de desconforto com o elenco.
A casa...
O Botafogo é a casa de Sebinho. Aliás, literalmente, durante anos ele residiu com a família numa casa dentro do Estádio Santa Cruz, ao lado das cabines improvisadas antes da construção do setor das cadeiras e camarotes. Lá ele até criava galinhas e porcos, uma parte da história contada com bom humor pelo ex-presidente Benedito Sciência da Silva, responsável pela construção do setor social. Entre suas idas e vindas, em 2012, Sebinho foi fundamental ao lado do técnico Benazzi para salvar o Botafogo do rebaixamento. Uma história fantástica.