A final do Paulistão deste ano entre Corinthians e Palmeiras me fez recordar os bons tempos em que Ribeirão Preto fornecia jogadores às grandes equipes do futebol brasileiro. Dois deles escreveram seus nomes na grande decisão Palmeiras x Corinthians em 1974, Palmeiras campeão. No primeiro jogo da final o lateral-direito do Palmeiras foi Eurico (ex-Botafogo), que não pode jogar no segundo jogo e foi substituído por Jair Gonçalves (ex-Comercial), que cruzou a bola para Leivinha ajeitar de cabeça e Ronaldo marcar o gol do título.
Eurico...
Titular sete anos na Academia do Palmeiras, sucessor de Djalma Santos, e sete anos no Grêmio, Eurico foi revelado pelo Botafogo. Campeão paulista também em 1972, brasileiro em 1969, 1972 e 1973 pelo Palmeiras, campeão da Copa Roca e Taça Independência pela Seleção Brasileira e no Grêmio, além de campeão em 1977, Eurico é titular do time dos sonhos em todas as pesquisas de melhor time de todos os tempos. Machado, histórico goleiro do Botafogo, contava que um garoto chorava depois de um treino com a possibilidade de ter que voltar para casa sem ser aprovado. Era Eurico, que, confortado pelo goleiro, permaneceu no Botafogo.
Sonhos juvenis...
O radialista Helton Pimenta, bom de bola, numa excursão do Botafogo completava o time reserva nos treinos e via o jovem iniciante Eurico, ao seu lado, matar a bola no peito e sussurrar: “Roberto Dias!”. Verdades ou lendas, os sonhos de juventude, contados por Machado e Helton, fizeram de Eurico um profissional tão importante no Palmeiras e no Grêmio como foi seu ídolo Roberto Dias no São Paulo. Outros jogadores que saíram de Ribeirão Preto marcaram seus nomes nas decisões Corinthians x Palmeiras. Em 1974, Leão (ex-Comercial) pelo Palmeiras e Zé Roberto (ex- Botafogo) pelo Corinthians. Em 1993, Leandro Silva (ex- Botafogo) pelo Corinthians. Em 1999, Jackson (ex-Comercial) pelo Palmeiras.