Vida de artilheiro nunca foi fácil, pior era a concorrência na época de Pelé. Imagine a batalha de Geraldão, atacante do Botafogo de Ribeirão Preto, artilheiro paulista em 1974. À época diziam que ele devia a conquista a Sócrates, parceiro de ataque. Em parte, sim, mas a trajetória do artilheiro foi marcada por sofrimento e misticismo. Humilde, e de técnica modesta, Geraldão sofreu três anos sem gols. O técnico Alfredo Sampaio chegou a testá-lo na zaga. Vida de artilheiro nunca foi fácil, pior era a concorrência na época de Pelé. Imagine a batalha de Geraldão, atacante do Botafogo de Ribeirão Preto, artilheiro paulista em 1974. À época diziam que ele devia a conquista a Sócrates, parceiro de ataque. Em parte, sim, mas a trajetória do artilheiro foi marcada por sofrimento e misticismo. Humilde, e de técnica modesta, Geraldão sofreu três anos sem gols. O técnico Alfredo Sampaio chegou a testá-lo na zaga.
Jejum...
O zagueiro Poli até brincou com o técnico: “Pô, Tio Alfredo, o homem não faz gol e o senhor muda ele para minha posição!”. Em 1973 Geraldo só fez dois gols. Diante do terrível jejum foi aconselhado a desenvolver sua mediunidade. Já como médium, numa sessão em sua casa com dois colegas, Geraldo recebeu “Preto Velho”, o seu “Guia”, que revelou o futuro do centroavante: “A partir de agora, ele vai começar a fazer gols e será o artilheiro deste ano (1974)”. No jogo seguinte, pelo Paulistinha, já marcou dois.
Cinco gols...
Começou o Paulistão, Geraldo só foi marcar o 1º gol no 3º jogo, fez 2 no Come-Fogo e terminou o 1º turno com 10. Marcou mais 3 no início do 2º turno, mas a fonte secou de novo, ficou 5 jogos sem marcar. Os dois colegas da “sessão espírita”, um segredo dos três, iam começar a duvidar do “Preto Velho”, mas Geraldão fez 5 gols na Portuguesa, 3 no SAAD e 2 no São Bento. Total: 23. Artilheiro de 1974. E o “Preto Velho” nunca mais o abandonou, Geraldão marcou 91 gols pelo Corinthians e, nas finais do Campeonato Gaúcho de 1982, fez todos (5) os gols do Internacional contra o Grêmio.