Resgatando a memória da Vila Tibério e valorizando sua gente!

Fernando Braga

Fernando Braga

Domingo, 27 Dezembro 2020 13:59

Amiga dos Pobres faz 110 anos

Fundada no dia 17 de agosto de 1910, por iniciativa de Antônio Ribeiro Resende e um grupo de funcionários da Cia Mogiana de Estradas de Ferro e líderes comunitários, a Sociedade Amiga dos Pobres (SAP) funcionou como albergue noturno até a década de 60, oferecendo abrigo e refeições a migrantes e pessoas carentes. Depois, as instalações da entidade abrigaram uma creche e uma escola de primeiro grau. Fundada no dia 17 de agosto de 1910, por iniciativa de Antônio Ribeiro Resende e um grupo de funcionários da Cia Mogiana de Estradas de Ferro e líderes comunitários, a Sociedade Amiga dos Pobres (SAP) funcionou como albergue noturno até a década de 60, oferecendo abrigo e refeições a migrantes e pessoas carentes. Depois, as instalações da entidade abrigaram uma creche e uma escola de primeiro grau. 

Neste novo modelo de assistência, milhares de pessoas frequentaram os cursos da SAP; somente nos quatro anos em que ofereceu o curso de informática, 10 mil alunos foram capacitados nas suas instalações.

Obedecendo ao novo código civil, em 2003, a Sociedade Amiga dos Pobres alterou sua denominação social para Associação Amiga dos Pobres, mantenedora do Centro Educacional “Castro Alves”, realçando o foco de suas atividades na educação e formação profissional.

Atualmente, a entidade aluga salas para terapeutas integrativos. Ali funciona o Grupar – Grupo de Apoio ao Paciente Reumático que oferece atividades gratuitas ou a preço social. R. Castro Alves, 477, Vila Tibério, fone: 16 3941-5110.

Devido à pandemia, o Grupar não atende presencialmente.

Quarta, 04 Novembro 2020 13:15

O que será do Lar Santana?

Ver um prédio público abandonado, com goteiras, janelas faltando, é ruim. Saber que ele é um marco de um bairro tradicional e está vazio, sem uma função, é ainda mais desanimador. Agora, ver nessas condições, um prédio que é tudo isso e ainda fez parte da sua infância, de forma tão marcante, é muito triste.

Buscando fotos atuais e informações sobre o Lar Santana, uma referência na Vila Tibério, bairro antigo de Ribeirão Preto, para escrever esse artigo, a pedido do meu amigo Fernando Braga, senti pena do prédio - neste estado, há tantos anos abandonado!. Um lugar que na minha memória infantil teve tanta vida.

Minha mãe, a tia Eurides, professora primária, alfabetizou centenas de crianças durante os 18 anos que deu aulas lá. De vez em quando, carregava em dias alternados, minha irmã mais velha, a Mariângela, ou eu. Assistíamos às aulas, mas eu gostava mesmo era de ir para o pomar e para a horta, onde sempre era bem recebida por uma irmã ou pelo jardineiro, que me mostrava flores novas nos canteiros, me guardava mangas e, na época da jabuticaba, me indicava os galhos mais carregados.

Festas Juninas
E as festas juninas? Eram abertas ao público e mexiam com todo o bairro. E com os filhos da tia Eurides. Minha mãe nos punha na quadrilha - minha irmã, eu e as nossas vizinhas, a Bia e a Regina Mestriner, amigas inseparáveis. Os ensaios eram divertidos, mas o auge era a apresentação. Quando cresci um pouco preferi fazer correio elegante e adorei. Achava que estava prestando um belo serviço a Santo Antônio levando e trazendo bilhetinhos com declaração de amor.

Ao olhar o Lar Santana hoje, senti também um misto de raiva porque esse abandono é mais um exemplo de má gestão do patrimônio público. E vergonha, pela pouca importância que no Brasil - do Oiapoque ao Chuí - ainda damos à preservação da memória. Me pergunto: Embora Ribeirão esteja numa região privilegiada de um estado rico, a cidade tem déficit de tanta coisa, creche, escolas, centros culturais, escolas técnicas - por que, então, deixar uma área de 7.825 metros quadrados sem uso, com um prédio enorme - 2.500 metros quadrados de área construída, com capela, refeitório, dois andares, vários cômodos - trancado? Isso, sem falar na área verde - que abrigava a horta, o pomar e o parquinho.

 “A escola é a casa delas”
Em dezembro de 2014, a Ordem das Franciscanas da Imaculada Conceição, anunciou o encerramento das atividades, depois de 82 anos de funcionamento. O Orfanato que chegou a abrigar 220 meninas de 6 a 14 anos, tinha apenas 40, sob os cuidados de três irmãs já idosas - de 74, 75 e 86 anos.

Um mês depois, o prédio foi declarado patrimônio cultural - título merecido. O Lar Santana faz parte da história do bairro, desde o começo. O terreno foi doado por um fazendeiro numa época em que o café enriquecia a região. E ali foi construída a Escola Santana, inaugurada nos tempos áureos da Vila Tibério - o bairro tinha fábricas de sapatos, cerâmicas, pequenas indústrias, empórios, armazéns, secos e molhados e a Cervejaria Antarctica Paulista. Em 1948, o colégio virou orfanato. Abrigou milhares de órfãs e de histórias de vida, cada uma estava ali por problemas diferentes, mas motivados pela mesma origem: a pobreza, o abandono.

Convivi de perto com as internas. Aos domingos, íamos buscar duas ou três para almoçar com a gente. Depois, íamos ao cinema, e por fim, o momento tão esperado: escolher um dos sabores da sorveteria do seu Geraldo. E as levávamos de volta. Elas adoravam, eu também. Meus pais nunca foram ricos, mas eu percebia que tínhamos infinitas possibilidades que estavam foram do alcance delas. Muito curiosa, eu perguntava por que estavam no Lar Santana, e ficava penalizada ao pensar que elas não tinham mãe, pai, avó ou tia. E os irmãos? Às vezes sabiam o paradeiro, às vezes não. Eu só não tinha coragem de perguntar se eram felizes morando na escola? Perguntei para minha mãe.

- Sim, são felizes. A escola é a casa delas, aqui encontraram abrigo, comida, educação e carinho.
E quando eu - eventualmente - almoçava no refeitório, e via as mesas enormes, lotadas e todas nós comendo aquela comidinha boa, com verduras da horta, sobremesas com frutas do pomar, eu ficava tranquila, sabendo que o Lar Santana era a casa delas.

 Lar Santana foi cenário da prisão da única religiosa
Se esses motivos não bastassem para justificar o investimento num belo restauro do prédio e um destino apropriado, o Lar Santana foi ainda cenário da prisão da única religiosa durante o regime militar - a Madre Maurina Borges da Silveira (foto). Isso foi em 1969. Ela era a diretora do Lar Santana e cedia o porão para encontro de estudantes, ligados a Juventude Católica e ao movimento estudantil. Ali eles imprimiam material religioso e também “O Berro” - uma publicação contra o regime militar. Madre Maurina foi presa acusada de subversão, por abrigar membros do grupo guerrilheiro Forças Armadas da Libertação Nacional.

Nesse dia - 25 de outubro de 1969, ela estava reunida com o padre Angélico Sândalo Bernardino e com o bispo Dom Felício da Cunha Vasconcelos, no centro da cidade. Recebeu um telefonema do Lar Santana. Do outro lado da linha, um delegado disse pra ela voltar imediatamente para o orfanato. Obedeceu e foi levada pelos policiais. Nunca mais voltou.

No momento da prisão, minha mãe dava aula. Não presenciou a cena, mas ainda hoje, aos 87 anos, se lembra dos policiais vasculhando armários das salas de aula: “Eles entraram na sala da Maria Helena, da Ivone, da Fátima e na minha. Exibiam armas na cintura, assustando as crianças, e jogaram no chão tudo que encontravam no armário. Procuravam um diário com nomes dos frequentadores das reuniões, que não foi encontrado”.

Minha mãe, assim como a Igreja Católica, sempre defendeu que a madre Maurina era inocente. Mas ela foi presa e torturada, recebeu choques elétricos e foi abusada sexualmente. Passou pelo quartel de Ribeirão, presídio de Cravinhos e penitenciária do Tremembé, em São Paulo. Em 1970, soube do seu exílio forçado no México em troca de um cônsul japonês que havia sido sequestrado pela Vanguarda Popular Revolucionária. Anos depois, quando voltou ao Brasil, foi morar num convento da sua congregação, em Araraquara, onde morreu em 2011, aos 84 anos.

 

Qualquer destinação é melhor do que o abandono
Motivos para preservação do prédio não faltam. E o tombamento protegeu o Lar Santana da demolição, ótimo. Mas, até agora, ficou nisso. A prefeitura já falou em levar para lá o Arquivo Histórico e o acervo do Museu da Imagem do Som - o MIS de Ribeirão Preto - mas o projeto não vingou. Na atual administração, ele continua abandonado, ladrões levaram toda a fiação, torneiras e tudo mais que puderam carregar. Nos últimos anos já se cogitou a criação, no local de um memorial da Resistência e a transferência pra lá da Secretaria de Saúde. Nada disso foi adiante.

Uma enquete feita com os moradores pelo Jornal da Vila, mostrou que a maioria prefere que ali seja uma creche ou uma escola. Talvez um museu interativo como o Catavento, em São Paulo ou um centro cultural que ofereça atividades para a população, atendesse um número maior de pessoas. Seja como for, qualquer destinação seria muito melhor do que o abandono e o desprezo pela história da cidade. (LB)

A jornalista Luciana Bistane é
editora do Jornal Hoje, da Rede Globo

Arte foi feita com vidro, diversos tipos de areia e cascalho

Na Rua Monte Alverne, Marcos William Rigobello, lembra do painel quando ia para a escola. Acabou comprando a casa e preservou o mural.

O mural da Rua Álvares de Azevedo também foi protegido pelo proprietário, ‘seu’ Mário. Ele até usou vidro misturado no reboco para manter o mesmo estilo do painel.

O sobrado da Rua Conselheiro Saraiva foi construído pelo lituano José Abramovicius. Seu neto, Luiz Carlos, preserva o mural e o estilo da casa, que é toda rebocada com pequenos pedaços de vidros coloridos. É a única residência que tem grades no portão, permitindo quem passa pela rua admirar o trabalho, com areia, cascalhos e pedaços de vidro, feito por um artista anônimo.

Sexta, 14 Agosto 2020 17:37

Fábrica de ladrilhos de Luiz Peracini

Em 1958, Luiz Peracini, junto com os irmãos Antônio e Pedro e dois cunhados, Domingos e Mário, abriram uma pequena fábrica de ladrilhos, tanques, pias, caixas d’água, bancos de jardim, entre outros artefatos de cimento.

Foi um início difícil, mas com muita força de vontade. Com Luiz Peracini no comando, que não se cansava de inovar e buscar novos horizontes para a empresa, abrindo novos ramos, agregando novos serviços.

Peracini criou todos seus filhos na Vila Tibério, e a maioria continua no ramo da construção civil. Hoje a família de Luiz Peracini e Maria Breda conta com 6 filhos (Carlos, Luiz Antônio, Márcia, Cristina, Aparecido e Elaine), netos e bisnetos.

Luiz Peracini faleceu no dia 19 de maio de 1991.

Os filhos Luiz Antônio e Aparecido continuaram até 2005 trabalhando no mesmo ramo de atividade da empresa do pai, na rua Luiz da Cunha, quando a Peracini Pisos mudou para sede própria à Rua Monte Alegre. Hoje atua no ramo de pisos, concreto polido, granilite e concreto estampado. O filho Carlos Roberto Peracini tem a fábrica de divisórias sanitárias e prateleiras em granilite no Parque Ribeirão. É a Peracini & Cia.

Profissional respeitado, Pedro Bíscaro, de 85 anos, trabalhou até 2019, por 67 anos, fazendo peças de metal para máquinas e utensílios agrícolas na oficina ao lado da sua casa, na Rua Constituição.

Formado em 1953 pela primeira turma na escola do Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, logo começou a trabalhar nas Oficinas Bianchi, na Rua Duque de Caxias, onde fabricavam peças para usinas e para maquinários em geral. Foi onde aprendeu na prática e se aperfeiçoou.

Tempos depois foi convidado a trabalhar na Austin Morris de Ribeirão Preto, especializada nos carros ingleses. Lá fabricavam peças cujas originais eram caras e difíceis de adquirir, devido à dificuldade de importação.

Depois abriu uma oficina nos Campos Elíseos, mas logo em seguida, em 1975, construiu a oficina ao lado de sua casa, onde fazia peças de metal para uso doméstico, para oficinas mecânicas de automóveis e máquinas agrícolas.

Tem orgulho de ter cursado a primeira turma de torneiros mecânicos do Senai e faz questão de exibir o diploma.

Veio para a Vila Tibério ainda menino morar na Rua Dr. Loyola. Seu pai, Armando Bíscaro veio com a esposa, Modesta Trentino Bíscaro e seis filhos, para Ribeirão trabalhar na Cerâmica São Luiz, que estava começando naquela época.

Viúvo de dona Maria Aparecida Melo Bíscaro, seu Pedro tem três filhos e três netos.

Ao completar 80 anos, Elvira Gaioli Rossi ganhou dos filhos a edição do seu sonhado livro de poesias. Ela escreve poemas desde muito jovem.

Moradora da Vila Tibério desde sempre, Elvira Gaioli Rossi foi casada por cinquenta e sete anos com Moacyr Rossi. Viúva há três anos, tem cinco filhos e sete netos.

Batizada e casada na igreja Nossa Senhora do Rosário, onde foi, inclusive, “Filha de Maria” e participante do antigo Coral Nossa Senhora do Rosário, cujo maestro era o saudoso professor Orlando Bernardes.

Cursou o primário no 3º Grupo Escolar, hoje, Escola Estadual Dona Sinhá Junqueira.

Trabalhou  como inspetora de alunos nas escolas Walter Ferreira e Sinhá Junqueira.

E foi professora nas escolas Sinhá Junqueira, Hermínia Gugliano (Vila Tibério) e Profa. Eugênia Vilhena de Morais (Vila Virgínia).

Aposentada desde 1998 pela Escola Estadual Profa. Eugênia Vilhena de Morais.

Atualmente participa do Coral Chiquinha Gonzaga, da APEOESP - Sindicato dos Professores da Rede Estadual do Estado de S. Paulo.

Terça, 29 Dezembro 2020 19:31

Ruy Marques Ferreira fez o selo dos 15 anos

O selo comemorativo dos 15 anos do Jornal da Vila foi desenvolvido pelo artista Ruy Marques Ferreira. Ele tem 61 anos, nasceu em São Paulo e passou, praticamente, toda sua vida em Ribeirão Preto. Desde criança está envolvido com desenho, pintura e literatura.

Autodidata nestas áreas, desenvolveu extensa carreira publicitária como diretor de arte e diretor de criação, trabalhando nas principais agências da cidade, sendo, inclusive, dono de agência e de estúdio de desenho gráfico. 

Paralelamente sempre manteve um trabalho artístico focado em pintura, desenho e literatura, com artigos, livro de contos publicados e um romance ainda inédito.

Hoje continua com trabalho de pintura, utilizando principalmente giz pastel oleoso, técnica que o acompanha por toda sua vida atística. Desenhando com nanquim, via caneta e pincel.

Realiza também trabalhos de desenho gráfico, desenvolvendo logotipos, projetos gráficos variados como cartazes, livros, programação visual de eventos e empresas.

Seu trabalho artístico atual pode ser acompanhado pelo instagram @ruy.marquesferreira e os mais antigos no site:ruymarquesferreira.com 

Alguns de seus desenhos podem ser baixados no site:www.etsy.com/shop/inkmadeinc.

Terça, 29 Dezembro 2020 13:29

A África pulsa na pintura de Macalé

Macalé, como é conhecido o artista, é Jaime Domingos Cruz, que completa 80 anos agora em setembro. Veio de Orlândia ainda menino e foi morar com a família no bairro da Lapa, depois morou na Vila Tibério finalmente, nos anos 70, construiu sua casa no Monte Alegre.Macalé, como é conhecido o artista, é Jaime Domingos Cruz, que completa 80 anos agora em setembro. Veio de Orlândia ainda menino e foi morar com a família no bairro da Lapa, depois morou na Vila Tibério finalmente, nos anos 70, construiu sua casa no Monte Alegre.

Ensinando a filha a desenhar, começou a encontrar seu caminho, que se firmou depois que o irmão encontrou tubos de tinta a óleo. Sem saber usar o material, ele usou óleo de cozinha para diluir as tintas. Mais tarde, começou a expor na Praça XV. 

Hoje está com uma exposição de seus trabalhos no Tryps Hotel, em fente ao novo Mercadão. E sempre cita os mestres Bassano Vaccarini e Francisco Amêndola.

Com um estilo naïf (primitivo) afro, ele acumula exposições e prêmios.

Campeão de ciclismo amador nos Jogos da Alta Mogiana em Franca, em 1975, Macalé gosta mesmo de ensinar arte para crianças. Participou de um projeto que ensinava meninos e meninas a pintar nos anos 80/90 no Museu do Café. Aos domingos, ministrava oficinas de pintura e argila para a criançada.

Em meados dos anos 90 reeditou o projeto de pintura e escultura para crianças no Parque Maurílio Biagi. Foi um sucesso!

 

SENTIMOS A FORÇA INTERIOR DO ARTISTA

Diante dos quadros de Macalé não nos perdemos em contemplação estética, em julgamentos de estilo ou coisas parecidas. Sentimos a força interior do artista, às vezes poetizada, diluindo-se em abstracionismos, mas quase sempre dizendo-nos da sua gente, de uma África remota e da negritude brasileira. É uma arte anárquica, que vai da pesquisa das cores ao primitivismo das formas, mostrando uma ligação atávica com um continente perdido, a África. Macalé pinta uma cidade de arranha-céus amarelados, uma cena urbana, e no entanto, o que a gente vê? Uma paisagem saariana, umas tabas de Angola ou Moçambique. Essa é a força dele: no subterrâneo de tudo o que ele faz pulsa a África.Diante dos quadros de Macalé não nos perdemos em contemplação estética, em julgamentos de estilo ou coisas parecidas. Sentimos a força interior do artista, às vezes poetizada, diluindo-se em abstracionismos, mas quase sempre dizendo-nos da sua gente, de uma África remota e da negritude brasileira. É uma arte anárquica, que vai da pesquisa das cores ao primitivismo das formas, mostrando uma ligação atávica com um continente perdido, a África. Macalé pinta uma cidade de arranha-céus amarelados, uma cena urbana, e no entanto, o que a gente vê? Uma paisagem saariana, umas tabas de Angola ou Moçambique. Essa é a força dele: no subterrâneo de tudo o que ele faz pulsa a África

Júlio Chiavenato, revista Gutembrg, 2003

Domingo, 27 Dezembro 2020 14:13

Morre o empresário Carlos Pepe

O empresário tiberense Carlos Roberto Pepe morreu aos 69 anos no dia 9 de agosto, Dia dos Pais, por complicações da covid-19. Ele fundou, há 47 anos, o Pepe Centro Automotivo. O empresário tiberense Carlos Roberto Pepe morreu aos 69 anos no dia 9 de agosto, Dia dos Pais, por complicações da covid-19. Ele fundou, há 47 anos, o Pepe Centro Automotivo. 

Elisabete, a esposa, disse que Pepe era muito trabalhador, que desde menino, quando perdeu o pai, passou a trabalhar. “Seu hobby era pescar, mas só saía depois de verificar se não tinha nenhum problema na empresa. Ele amava viver”, disse Bete.

Marcelo, o filho mais velho, disse que o pai permaneceu internado por 31 dias depois da infecção pelo novo coronavírus e que ele tinha arritmia cardíaca congênita, que estava controlada, e era pré-diabético.

“Ele foi acometido pela covid, que comprometeu os pulmões em mais de 50 por cento. Ficou o tempo todo intubado na UTI e sua saúde foi complicando”, disse Marcelo.

Carlos Pepe deixou a esposa Elisabete, os filhos Marcelo, Lucas e Ângela, além de cinco netos.

Ele cuidava das duas lojas da empresa, que possuem 35 funcionários, com a esposa e os filhos. Ângela, a filha mais nova, mora em Paris, na França.

Antônio Carlos Spinelli Cebollero morreu no dia 16 de agosto, aos 70 anos, vítima de infarto. Ele era artista plástico e torcedor “fanático” do Botafogo.Antônio Carlos Spinelli Cebollero morreu no dia 16 de agosto, aos 70 anos, vítima de infarto. Ele era artista plástico e torcedor “fanático” do Botafogo.Com covid, ele ficou internado, isolado por 14 dias, depois foi para a UTI por 8 dias e mais 4 dias entubado.Deixou a esposa Maria das Graças e os filhos Leandro e Graziella.

Autor de melhor redação, plantou uma sibipiruna, em 1961, no Sinhá Junqueira.

Sua redação com o tema “A Árvore” foi escolhida como a melhor e ele plantou uma sibipiruna no Dia da Árvore, em 21 de setembro de 1961. Maria Apparecida Biava era a sua professora.

Cebollero nasceu na Castro Alves, fez o 1º ano no Batuíra e depois foi para o Grupo Escolar Dona Sinhá Junqueira. Fez admissão e ginásio no Colégio Industrial.

Em 1970 entrou para a Guarda Civil e ficou até 1974. Foi para São Paulo trabalhar como desenhista de artes para as Páginas Amarelas.

Em 1975 voltou para Ribeirão e abriu uma firma de propaganda em painéis. Quando o Botafogo foi campeão da Taça São Paulo, em 1977, pintou um carro Alfa Romeo e foi destaque na revista Placar.Trabalhou até que teve um problema renal crônico e passou por sessões de diálise três vezes por semana, durante nove anos e meio. Há doze anos recebeu um rim em transplante.Trabalhava ultimamente como artista plástico e artesão. Fazia trabalhos usando todos os tipos de técnicas e materiais.

Pintou mais de 200 estandartes de pintura sacra para o padre Gilberto Kasper, na época em que ele estava na Catedral.

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