Na profissão de boleiro a mais ingrata é a de goleiro. Assunto bem diferente quando se trata de falar de atacantes ou até mesmo de treinador.
Nesse tema recordamos grandes nomes que passaram pelo futebol de Ribeirão Preto vestindo a camisa 1 dos clubes da cidade, tempos esses de grandes contratações.
Lembrando goleiros que chegaram sem grandes nomes no futebol e os já consagrados que se destacaram e fizeram a sua história no Botafogo.
Essa série não poderia deixar de começar com Galdino Machado, paulistano da Mooca revelado pelo Juventus. não foi muito feliz na Rua Javari. Chegava ao Botafogo que tinha como titular Garito, naquele ano de 1955.
Em 1956, Machado já ganhava a camisa titular do Pantera e participou da campanha que levou o Botafogo ao título da Segunda Divisão do Campeonato Paulista daquele ano.
Recordo com saudade do álbum de figurinha e a estampa do goleiro todo de preto com o escudo do Botafogo no peito. Inesquecível.
Grandes jogos e fantásticas defesas nessa trajetória pelo Pantera onde jogou por 11 anos: 252 jogos, número até hoje não superados, sendo o goleiro que mais atuou pelo tricolor.
Nem mesmo a página triste na história do clube, quando o Botafogo foi goleado pelo Santos de Pelé e Cia por 11 a 0 naquele 11 de novembro de 1964 na Vila Belmiro com oito gols de Pelé, Machado foi escolhido o melhor jogador em campo.
Machado, depois de deixar o tricolor em 1966, se transferiu para a Ferroviária de Araraquara. Ainda defendeu o XV de Piracicaba e a Ponte Preta.
Quando se aposentou como jogador foi trabalhar como treinador e teve passagens no Botafogo e no Comercial, Inter de Limeira, Sertãozinho e XV de Piracicaba.
Na pesquisa realizada na Vila Tibério pelo Jornal da Vila, Machado foi reconhecido como o melhor goleiro de todos os tempos.
Galdino Machado faleceu no dia 15 de maio de 2015 deixando o seu nome gravado na história do futebol da cidade e do Brasil.
Na série grandes goleiros, o Saudade FC destaca no Jornal da Vila contratações de grandes arqueiros que vestiram a camisa número 1 dos clubes de Ribeirão Preto.
No futebol o que não falta é história e folclore, assim foi com esse goleiro mineiro que se destacou no futebol carioca no início dos anos 50.
Pompeia, apelido que ganhou como menino na sua terra natal, Itajubá, por desenhar o marinheiro Popeye, e por não saber falar corretamente o nome do personagem ganhou o apelido de Pompeia.
Quando garoto trabalhou em circo, mas o seu sonho era ser jogador de futebol e só deixar Itajubá para jogar no futebol carioca, caso esse sonho um dia se concretizasse.
Outra parte dessa história é que começou jogando como centroavante, e numa partida amistosa contra o Bonsucesso, em sua cidade natal, o goleiro titular adoeceu e como era grandalhão, o técnico o colocou no gol e a comissão técnica do time carioca ficou admirada com os saltos acrobáticos do improvisado goleiro.
Aí começa a sua trajetória e sonho realizado de jogar no futebol carioca. Vestiu a camisa do América por 11 anos, fechando a sua gloriosa história em 1960 com o título, depois de dois vices-campeonatos, chegando à Seleção Brasileira.
Por suas defesas e saltos, ganhou do narrador Waldir Amaral o apelido de goleiro “Ponte Aérea” e a fama logo avançou, crescendo o interesse por clubes paulistas.
Depois do América, Pompeia o “goleiro voador” pousava em Ribeirão, junto com o presidente Waldomiro Silva, contratado por empréstimo pelo Botafogo para as disputas do Campeonato Paulista.
Corria o ano de 1961, o Botafogo tinha Machado e Joel e o técnico Zezé Procópio ganhava um grande reforço para o gol, principalmente porque Machado vivia uma fase de contusões, que fizeram Pompéia titular na excursão do Pantera ao Norte do Paraná.
O tricolor que tinha um timaço além de Machado, Ditinho, Tarcísio, Tiri, Nair, Flávio, Zuíno, Alex, Adalberto, Gelson, Antoninho, Veríssimo, Hegídio.
Pompeia se gabava de nunca ter tomado gol de Pelé. Atuou no confronto contra o Santos quando o Botafogo perdeu por 1 a 0, com gol de Pagão de bicicleta. Pelé não marcou naquele 13 de dezembro de 1962.
Depois do Botafogo atuou na Venezuela, encerrando a carreira.
Pompeia merece ser lembrado pela grande contratação na época com presença na galeria dos grandes goleiros que vestiram a camisa nº 1 do Tricolor.
A “Parada de 7 de setembro” tem uma ligação histórica de alto significado com o Botafogo. Muito mais do que a parada do Campeonato Brasileiro durante a Copa América. Essa, que seria boa para aprimorar o time para a sequência da Série B, foi um fiasco. O Botafogo fez tanta bobagem que deixou de disputar o acesso para se amedrontar com o rebaixamento. Aquela simboliza boas lembranças, conquistas, entre elas a consagração nacional com grande campanha na elite do Campeonato Brasileiro.
83 anos de Henrique...
Em 7 de setembro de 1822, D. Pedro I declarou a Independência do Brasil. Neste ano comemorou 197 anos. Em 5 de setembro de 1936, em Carangola-MG, nasceu Henrique Salles, um dos maiores meias (camisa 10) e um dos mais competentes dirigentes da história do Botafogo. Henrique comemorou seus 83 anos durante toda a Semana da Pátria e presenteou Antoninho, seu colega de ataque no time de 1960, com o cartaz do jogo que fizeram contra Grêmio de Porto Alegre. O Botafogo ganhou (4 a 1) com 4 gols de Antoninho.
43 anos de Nacional...
Semana da Pátria tem ligações históricas com Henrique, Botafogo e Minas Gerais. Em 4 de setembro de 1976 o Botafogo estreou em campeonatos brasileiros, empatando (0 a 0) com o poderoso Cruzeiro em pleno Mineirão. No dia 7 de setembro fez seu segundo jogo e derrotou o Uberaba por 1 a 0, no Uberabão. As coisas mudaram, 43 anos depois, no dia 7 de setembro, o Botafogo empatou (0 a 0) em casa com o fraco América-MG. Até a supremacia contra os mineiros na Semana da Pátria o Botafogo perdeu.
No próximo mês de dezembro, dia 9, o falecimento de Tiri completará dez anos. A história do Botafogo não se conta sem ele. Cerca de 40 anos de dedicação como atleta, supervisor e técnico. A maior homenagem a um profissional da área ele recebeu em vida, quando o consagrado técnico Otto Glória declarou publicamente que o sistema 4-3-3, com o armador pela ponta direita, foi lançado pelo Botafogo de Ribeirão Preto, dirigido por Tiri. Foi o período mais longo que ele permaneceu como técnico (interino), em 1974. Aquele time recebeu o apelido de “Orquestra”. O ataque era formado por João Motoca (que armava pela direita), Sócrates, Geraldão e Nenê. Otto Glória não só reverenciou o lançamento da tática, como mandou contratar João Motoca para a mesma função na Portuguesa de Desportos.
Doutor Milton Bueno...
Como supervisor, Tiri mantinha sob seu controle tudo o que envolvia o futebol do clube e ainda tinha sabedoria para evitar que os dirigentes fizessem “besteiras” na área administrativa. Não gostava de ser técnico porque quando estava neste cargo não dormia nas noites que antecediam os jogos. Uma imagem ainda clara e viva na memória deste colunista é a de uma rápida reunião à beira do gramado, daquelas enigmáticas que ele sabia fazer como ninguém para despistar abelhudos, que Tiri encerrou assim: “Manda ele vim, fala que pode vim”. A curiosidade levou o repórter à descoberta: Tiri estava autorizando o primeiro treino do ponta-direita Zé Mário Baroni no Botafogo. Competente, sério, mas com humor afiado para brincadeiras, sempre que alguém o chamava pelo nome ele retrucava: Milton Bueno não, DOUTOR Milton Bueno.
O choro...
Quem chora a perda de Tiri, provavelmente, o faz com o mesmo sentimento sincero que ele derramou em lágrimas ao ver o jogador Souza promovendo quebra-quebra no Estádio Santa Cruz, em 2005, revoltado com atraso de pagamento e descaso da diretoria. Naquele dia de fúria do volante, Tiri, que há anos já estava fora do clube e morando em Descalvado, passava por Santa Cruz para rever amigos. Certamente, cenas como aquelas e outras situações caóticas vividas no Botafogo, como muitas que ocorrem na atualidade, jamais aconteceriam se ele ainda estivesse do clube. Felizes são aqueles que aproveitaram a convivência para aprender com Tiri, ou melhor, com o “Doutor Milton Bueno”.
João da Silva Neto, o Sebinho, amigo inseparável e fiel escudeiro de Milton Bueno, o Tirí, supervisor do Botafogo, aprendeu muito com o seu velho amigo. Tiri deixou o clube antes de “Sebinho”, que passou a utilizar este aprendizado para resolver situações difíceis criadas internamente no clube. Massagista de primeira categoria, João da Silva Neto passou a adquirir poderes diante da omissão dos dirigentes em assuntos importantes relacionados com o elenco, a ponto de ganhar o apelido de “Presidente”.
A volta...
Esta situação criou “ligações perigosas”, o que no começo era um socorro que Silva Neto prestava ao clube para a casa não cair rendeu-lhe embaraços e em 2005 uma nova diretoria resolveu demitir o massagista com 38 anos de serviços prestados. O ciclo que se fechava naquele momento não era o fim da “Era Sebinho”. João da Silva Neto voltou ao Botafogo, solicitado que foi várias vezes, para colocar em prática sua experiência de bastidores, sempre para salvar o clube de situações de desconforto com o elenco.
A casa...
O Botafogo é a casa de Sebinho. Aliás, literalmente, durante anos ele residiu com a família numa casa dentro do Estádio Santa Cruz, ao lado das cabines improvisadas antes da construção do setor das cadeiras e camarotes. Lá ele até criava galinhas e porcos, uma parte da história contada com bom humor pelo ex-presidente Benedito Sciência da Silva, responsável pela construção do setor social. Entre suas idas e vindas, em 2012, Sebinho foi fundamental ao lado do técnico Benazzi para salvar o Botafogo do rebaixamento. Uma história fantástica.
Concentração sempre foi um grande problema para todos. Jogadores querendo o proibido e comissão técnica proibindo. Nem sempre há êxito nem de um lado nem do outro. Numa excursão da Seleção Brasileira, em 1983, Eder usou o apartamento de um radialista mineiro para driblar o técnico Parreira e levar uma loira para a concentração. Na década de 80, na excursão do Botafogo de Ribeirão Preto pela Venezuela, um juvenil estreante fez o mesmo e ainda permitiu que outros juvenis, que estavam na delegação, assistissem à aventura.
Voracidade...
Liberados ou não, casados ou solteiros, os jogadores sempre dão um jeitinho. Romário era voraz nesta prática. Em Dallas, nos Estados Unidos, durante a Copa de 94, provocou o maior corre-corre de jornalistas e cartolas no saguão do Doublé Hotel por levar uma mulher para o seu quarto na concentração do Brasil. A comissão técnica (Parreira e Zagalo) nunca confirmou, mas alguns anos depois, a companheira de noitada do “Baixinho” revelou tudo, posou nua para uma revista e virou “celebridade”. O Brasil foi tetra.
Suavidade...
O zagueiro Bordon, revelado pelo Botafogo e que brilhou no São Paulo e no Schalk-04 da Alemanha, nunca teve registro de atos que maculassem sua imagem como atleta e como homem, mas viveu uma experiência inusitada nas concentrações da Seleção Brasileira. Apaixonado por saxofone e um insistente aprendiz, nas vezes em que foi convocado, trancava-se no apartamento e enchia o instrumento com pano, abafando a saída do som, para ficar praticando as aulas sem fazer barulho.
José Agnelli dirigiu muitos times do interior de São Paulo, mas grande parte de sua história está ligada a Ribeirão Preto, especialmente ao Botafogo e à Vila Tibério. Rica em passagens engraçadas, a vida do técnico argentino foi pautada por “sacadas” que ele executava com desenvoltura pela criatividade e rapidez de raciocínio ao enfrentar situações difíceis ou notar alguma situação engraçada em sua volta. Conversar com ele era uma viagem a um mundo encantador.
Na Casa dos Atletas...
Na Casa dos Atletas, na Rua Martinico Prado, ele protagonizou episódios pitorescos ao longo do período em que ficou responsável por cuidar dos jogadores que se hospedavam naquelas dependências instaladas pelo Botafogo. Aconselhava os jovens e fiscalizava a conduta dos mais velhos. Chegou a surpreender Sócrates com o pé engessado saltando o muro de volta à Casa, ao amanhecer. O “Doutor” não morava lá, mas estava trazendo de volta um atacante que o acompanhara na noitada ribeirão-pretana.
Nas rádios...
Amigo da imprensa, Agnelli pagava jantares e rodadas de cervejas aos radialistas no “Bar do João”, mas abominava as “Mesas Redondas”, irritava-se com os comentaristas que se metiam a escalar os times durante os programas. Irônico, ao chegar ao Estádio no dia de Come-Fogo e ser perguntado pelos repórteres se o time estava escalado, respondeu: “Não sei, ainda não conversei com o Totinha”. Totinha era Antônio de Barros, um dos comentaristas que escalavam os times nas “Mesas Redondas”.
Quando um ídolo morre parece que parte de nossa infância e adolescência vai com ele. Em março de 2014 foi Bellini, zagueiro campeão na Copa do Mundo de 1958. Ainda garoto, ouvindo pelo rádio, emocionava-me com o locutor anunciando: “Corta Bellini”. E a imaginação viajava pelos campos da Suécia onde o Brasil encantava multidões com Gilmar; De Sordi e BELLINI; Zito, Orlando e Nilton Santos; Garrincha, Didi, Vavá, Pelé e Zagallo. Foi lá que Bellini imortalizou o gesto do capitão de levantar a taça. Fez casualmente para melhorar a visão dos fotógrafos e passou para a história.
Homenagem na Suécia...
Depois de ele encerrar a carreira, entrevistei Bellini várias vezes, figura fantástica, uma destas oportunidades ocorreu durante homenagem prestada à seleção na Suécia. Aí, já como jornalista cobrindo excursão do Brasil, em 1983, realizei o antes inimaginável sonho de garoto. Desfilei nos campos dos sonhos de 1958, passeando com Bellini, Vavá e Gilmar pelo Estádio de Gotemburgo e pela cidade de Udevala, onde a seleção brasileira jogou nas primeiras fases da Copa de 1958.
Jogo inesquecível...
A mais forte emoção de adolescente foi ver bem de perto, pela proximidade do alambrado, Bellini jogar no Estádio Luiz Pereira, em 1966, Botafogo x São Paulo. Com pernas mais grossas que minha cintura, Bellini limpava a área com a autoridade de um campeão mundial. O Botafogo perdeu (2 a 4), com Expedito; Ditinho, Roberto Rebouças, Vilela e Carlucci; Júlio Amaral e Márcio; Jairzinho, Ferreirinha, Quarentinha e Valdir. O São Paulo jogou com Fábio; Osvaldo Cunha, BELLINI, Jurandir e Celso; Roberto Dias e Nenê; Paraná, Prado, Babá e Adiber. Imagens criadas por um ídolo na memória de um fã são imortais.
Quando Fernando Braga me convidou para escrever uma coluna no Jornal da Vila fiquei duplamente feliz. Por voltar a trabalhar com ele, parceiro de jornadas memoráveis no desempenho da profissão e pela honra de participar de um jornal fiel ao bom jornalismo. Também me agradou a sugestão para eu contar curiosidades e fatos vividos por mim trabalhando em rádio, jornal e televisão ao longo dos anos, que não são poucos, de 1967 até hoje. Considero contribuição histórica as narrações de Schubert Persini, Rodrigues Galo e outros colaboradores do JV. Aliás, Galo é o maior contador de histórias sobre radialistas. Um papo imperdível.
Bellini...
É justo começar falando de meu primeiro jogo na Vila Tibério. Foi em 21 de setembro de 1966, viajei de Jaboticabal a Ribeirão Preto em companhia de alguns amigos para assistir ao jogo Botafogo x São Paulo. Encantei-me com o Estádio Luiz Pereira lotado. Emocionei-me vendo Bellini, zagueiro e capitão do Brasil na conquista da Copa de 1958. A coxa dele era mais grossa que minha cintura, um gigante. Além de outros ídolos como Roberto Dias, Paraná, Prado e Jurandir do São Paulo. No Botafogo gostei de ver Roberto Rebouças jogar, achei lindo o gol de cabeça de Ferreirinha, saltando na altura do travessão e cabeceando para baixo. Babá encobrindo Expedito com um toque genial também foi bonito.
Leone...
Apaixonado por rádio, como ouvinte, passei grande parte do tempo prestando atenção em Domingos Leone, sentado num banquinho atrás do gol, fazendo meta na transmissão da Rádio Bandeirantes. No ano seguinte comecei a trabalhar na Rádio Clube de Jaboticabal. O São Paulo ganhou de 4 a 2. Botafogo: Expedito; Ditinho, Roberto Rebouças, Vilela e Carlucci; Júlio Amaral e Márcio; Jairzinho, Ferreirinha, Quarentinha e Valdir. São Paulo: Fábio; Osvaldo Cunha, Bellini, Jurandir e Celso; Dias e Nenê; Paraná, Prado, Babá e Adiber. Gols de Prado (2), Ferreirinha (2), Babá e Roberto Dias. Árbitro: Olten Aires de Abreu. Público: 8.121 pagantes.
Não há dúvida que as grandes histórias do Botafogo foram registradas em Vila Tibério. Quando a sede do clube era na Rua Gonçalves Dias os repórteres “assinavam o ponto” todos os dias ali, onde as notícias fervilhavam. Principalmente no período matinal, onde o saudoso Márcio Morais se deliciava com o cafezinho e fumava um cigarro atrás do outro. Era um ambiente agradável, funcionários simpáticos, diretores aos montes. Bons tempos.
Aguilera...
Certo dia, o diretor de futebol Ítalo Bernardi me aguardava ansiosamente. Ao chegar com meu gravador para fazer as reportagens, o Professor Ítalo me interpelou: “Estava te esperando a manhã inteira para lhe fazer uma pergunta: o que você achou do goleiro?”. Depois de me chamar de lado e garantir que era uma conversa confidencial, ele explicou que, como eu era o único repórter a acompanhar o treino na Usina Galo Bravo, ele queria ouvir uma opinião isenta. O goleiro era Aguilera, que estava sendo testado naquele treino antes de ser contratado.
Cunha...
Os bastidores não esquentavam só na sede. A empresa de João Olaia Paschoal, diretor de futebol, também era na Vila, Rua Conselheiro Saraiva, se não me engano. Um dia o meia-esquerda Cunha chegou à empresa bufando: “O ‘cumpadi’, o homem me deixou de fora, não posso ficar em Ribeirão, tenho que viajar”. O jogo era no Nordeste. João Olaia: “Calma, Cunhita, vamos conversar”. Trancaram-se na sala por alguns minutos e pronto. Cunha seguiu com a delegação. Não se sabe o que Olaia falou para Jorge Vieira, nem como o técnico se justificou para incluir na delegação um jogador que ele havia dispensado. Ficou claro que autoridade de técnico tem limite, até quando é Jorge Vieira.
Resgatando a memória da Vila Tibério e valorizando sua gente!
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